sábado, 1 de dezembro de 2007

Caçada de avoetes

Estávamos em Tibau, época de veraneio e Tean sempre ia com a gente. Fazia os mandados, comprava grude, ia na padaria, onde precisasse.
Soubemos que havia um pombeiro de avoetes próximo à Umarizal. Inventei de ir lá caçar. Imaginem quem eu levei?. TEAN. Saimos cedinho ainda de madrugada. Havia avoetes demais. Matamos muitas. Mais de duzentas. À tardinha resolvemos voltar. Muitas avoetes já começavam a cheirar mal. Era preciso salgá-las, mas como eram muitas, não dava tempo. Precisávamos voltar antes de anoitecer. Tive uma idéia: Comprei bastante sal e mandei TEAN ir salgando as avoetes enquanto eu dirigia. Tean disse:
- Cê tá doido, como é que vou salgar essas avoetes sem tratar? Respondi-lhe:
- Vá arrancando as cabeças e colocando um pouco de sal em cada uma, assim e fiz uma vez para ensinar.
- Tean, ou a gente faz isso ou elas apodrecem daqui para Tibau, completei.
Eu dirigia e TEAN salgava. Quando eu olhava pra tráz ele salgava. Ou fazia que salgava. Chegamos em Tibau quase 9 horas da noite. Quando abri a porta da mala sentí o cheiro "ruim". Tiramos as avoetes do carro, havia muitas estragadas.
Eu as juntava na mala do carro, sentindo o mau cheiro e via que TEAN não fizera o serviço. Eu esbravejei:
- Rapaz deixe de ser irresponsável, eu pedi pra você salgar as avoetes e você não salgou! Ele respondeu:
- Eu salguei, omi.
- Mas como? se todas as avoetes estão com as cabeças.?
Só havia uma salgada, a que arranquei a cabeça e salguei para ensinar.

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