sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Minha infância

Uma casa grande à beira da estrada
Em frente o açude, a serra no horizonte,
Ao norte o engenho, mais embaixo a fonte
As vacas no curral já sem a bezerrada

Papai sentava na espreguiçadeira
As meninas cantavam uma canção
Mamãe passava um pano no fogão
E descansava no batente da soleira

Nós meninos corríamos no terreiro
Gastando toda a nossa energia
Só pra ver quem era o mais ligeiro

Tu não crês na ventura? ela existia:
Ali naquela casa, meu lar primeiro
Onde eu era feliz e não sabia.

Arnaud Amorim

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