quinta-feira, 5 de junho de 2008

SEGURO PRÁ NÃO CHORAR!


A casa branca caiada
Onde morou tanta gente
Hoje está indiferente
Totalmente abandonada
A porta está fechada
E o povo foi embora
A biqueira hoje chora
Chorando sobre a calçada
No terreiro criou mato
E o rebanho de patos
Não mais volta pro chiqueiro
Não adianta dinheiro
Se está tudo abandonado
O açude arrombado
A saudade dói no peito
O engenho com defeito
Não fabrica rapadura
Na lembrança a amargura
De um tempo que passou
E no meu peito marcou
Somente a doce lembrança
De um tempo de bonança
Meu pai na espreguiçadeira
E minha mãe na soleira
Sentados a conversar
Hoje é somente lembrar
Nada disso existe mais
Não posso rever jamais
Seguro pra não chorar...

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